O Ministério da Saúde lançou, na última semana, um guia de bolso sobre mudanças climáticas voltado para profissionais do setor. O material é uma adaptação de uma publicação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com a linguagem e as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira o guia “Mudanças Climáticas Para Profissionais da Saúde”

O objetivo do guia é facilitar o atendimento dos médicos, enfermeiros, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e outros profissionais com acesso rápido às informações para que as orientações aos pacientes sejam feitas com mais segurança. As mudanças climáticas são uma realidade recente para a população e, para os profissionais, não é diferente. Por isso, o documento é fundamental para uma pronta resposta às necessidades dos brasileiros.

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DVSAT), Agnes Soares,  as ondas de calor, inundações e secas extremas trazem uma preocupação adicional tanto para quem organiza os serviços, como para os que prestam assistência às pessoas. “Seja numa UBS [Unidade Básica de Saúde] ou na atenção especializada, é preciso realizar algumas mudanças para manter a qualidade do atendimento, como uma adequação da medicação, por exemplo. A vantagem desse instrumento é ter essas informações nas mãos”, explicou a diretora.

Esta é a primeira vez que o Ministério da Saúde publica um material específico para os profissionais com relação às mudanças climáticas e os efeitos em saúde. O guia será entregue aos trabalhadores do SUS e está disponível no portal da pasta.

“O que queremos com este documento é proporcionar uma rápida e fácil adaptação a essa nova realidade. É notório que as mudanças climáticas afetam e vão continuar afetando não só a saúde das pessoas, como também a estrutura dos serviços. Ter a capacidade de ajudar os profissionais do SUS a responderem melhor a essa situação é uma das metas da nossa gestão”, completou Agnes.

Conteúdo do guia

Com mais de 130 páginas, o guia de bolso tem informativos sobre alterações nos tratamentos cardiovasculares, respiratórios, renais, oftalmológicos, cutâneos, gastrointestinais e neurológicos, além de trazer recomendações sobre o impacto dos efeitos climáticos na saúde mental e materno-infantil. O material também aborda as zoonoses e doenças de transmissão vetorial e orientações para os pacientes e comunidades.

Fonte: Ministério da Saúde