A programação paralela do 8º Seminário Femipa começou a todo vapor com o 2º Encontro de Assessores de Comunicação da Femipa. O encontro reuniu assessores das entidades afiliadas para discutir os principais desafios da área no setor de Saúde filantrópico. O presidente da Federação, dr. Luiz Soares Koury, reforçou que é um prazer para a Femipa promover um encontro voltado para essa área.

“Essa área é uma das que mais enfrenta os problemas dos hospitais. Por isso, precisamos aprender a nos comunicar melhor com a mídia, sair da toca e passar para a mídia os fatos realmente como eles são. Por isso é importante manter essa discussão entre nós para que possamos aprender com a experiência dos outros”, salienta.

Juliane Ferreira, coordenadora de comunicação da Femipa, ressaltou que a proposta do encontro é avançar a cada ano e trazer coisas diferentes para o setor filantrópico. “Assim, vamos conseguir manter nosso setor unido e cada vez mais forte”, declara.

O primeiro palestrante do evento foi o jornalista Diego Antonelli, que atua na Gazeta do Povo. Ele mostrou a realidade da imprensa paranaense e explicou como funciona a cobertura jornalística, apontando como os assessores de comunicação podem ajudar no trabalho da redação.

Segundo Antonelli, o jornalista tem uma função social, já que gera espírito crítico na população para que tomem atitude frente às situações apresentadas. Para que isso aconteça, o jornalismo deve ser bem feito e mostrar todos os lados da verdade, com profundidade e clareza. O conteúdo precisa ser coeso e acessível a qualquer pessoa, pois o que norteia o trabalho do jornalista é a sociedade.

“As instituições devem ter clareza da importância de se estar presente no noticiário. Essa é a maneira de construir um debate público que mova a população para trazer impactos para a sociedade. Manter uma boa relação entre as fontes e os jornalistas vai ajudar a construir a verdade da melhor forma. Assim, os dois lados conseguem avançar nos assuntos, gerando conhecimento”, afirma.

Depois de Diego Antonelli, foi a vez de Fernanda Musardo, especialista em redes sociais e inovação,  falar sobre o “Uso das mídias sociais como canal de comunicação”. De acordo com Fernanda, o primeiro passo é fazer um planejamento bem construído e organizado, para que a instituição saiba em quais canais de comunicação vai colocar a sua informação. Uma boa opção é responder às seguintes perguntas: qual a razão de criar uma página no Facebook ou um perfil no Instagram, por exemplo? O que a entidade está buscando quando entra nas redes sociais? O que você vai falar para os usuários da rede que seja importante para você e pertinente para ele?

A especialista explica que é preciso gerar o interesse, trazer o usuário para perto da instituição e agradá-lo para manter a audiência. Ela ressalta que o que é importante para o hospital nem sempre é de interesse do usuário, então não se pode desperdiçar a atenção dele com algo que ele não quer ver. Além disso, a linguagem tem que ser acessível, simples e direta.

“Outro ponto fundamental para se lembrar na internet é que as respostas devem ser imediatas, porque o tempo na rede é diferente. E o mais importante: estar na internet é estar para sempre.Os hospitais filantrópicos já têm audiência prévia do usuário, porque eles procuram as mídias sociais para mandar mensagens de esperança e gratidão. Se vocês têm a informação e a audiência pública, olhem para as redes e pensem como vocês podem colocar as informações em cada uma delas, fazendo com que isso retorne em resultados pertinentes”, reforça.

Cases das instituições

A programação do 2º Encontro de Assessores de Comunicação da Femipa também trouxe dois cases de sucesso de entidades filantrópicas. O primeiro foi apresentado por Priscila Silva, assessora de imprensa responsável pela área de saúde do Grupo Marista, e Fabiana Ferreira, coordenadora de Relacionamento com a Imprensa das áreas de saúde e educação superior do grupo. Elas falaram sobre a campanha “HUC 100% SUS”.

“Segundo um levantamento que encomendamos no primeiro semestre do ano, três em cada quatro curitibanos não sabem os números do Siate e Samu e nem a diferença entre os dois serviços. Por isso, fizemos uma ação para conscientizar a população sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de uma cartilha para a população e um manual para a imprensa”, explica. Cartilhas e ímãs de geladeira com os telefones de cada serviço foram distribuídos durante dois dias. Foram impressos 250 manuais para jornalistas e 20 mil cartilhas pra população. No momento, as cartilhas estão disponíveis no ambulatório e no pronto-socorro do Hospital Cajuru e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba.

O segundo case foi apresentado por Edmara Michetti, assessora de Comunicação da Irmandade da Santa Casa de Londrina (ISCAL). Ela contou sua experiência com a campanha de doação de órgãos da entidade e mostrou como é possível alcançar resultados positivos com o mínimo de recursos financeiros, partindo de parcerias e doações para viabilizar o trabalho. Segundo ela, “é fundamental que o planejamento priorize a escolha certa do tema com forte apelo social e de como ele será trabalhado para trazer bons resultados para a instituição”.

Fonte: Assessoria de Imprensa Femipa