No Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), lembrado nesta terça-feira (29), o Ministério da Saúde reforça os cuidados e a atenção para as formas da doença, os sintomas e as formas de prevenção. O AVC é uma das principais causas de incapacidade e morte no Brasil e no mundo. A doença cardiovascular afeta 15 milhões de pessoas anualmente, sendo que 5,5 milhões não sobrevivem e outras 5 milhões ficam com sequelas permanentes, impactando drasticamente na saúde pública e na qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias.

Para o biênio 2023 e 2024, o Ministério da Saúde investiu cerca de R$ 700 milhões na estrutura de atendimento para diagnóstico e tratamento do acidente vascular cerebral, somando esforços para disponibilizar o tratamento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS).

Para ampliar o acesso e a qualidade dos atendimentos, a pasta incorporou a trombectomia mecânica, técnica avançada para a remoção de coágulos que reduz a gravidade de sequelas em AVCs isquêmicos. Essa nova tecnologia foi oficialmente incorporada ao SUS em 2021 e recebeu um aporte adicional de R$ 74 milhões por ano para sua manutenção, além de investimentos de R$ 10,5 milhões na habilitação de Centros de Atendimento de Urgência.

Atualmente, o Brasil conta com 118 centros especializados, distribuídos em três níveis de complexidade, conforme os recursos disponíveis e as necessidades regionais. Em casos de suspeita de AVC, a população pode recorrer ao atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), importante para o socorro inicial.

Sobre o AVC

O acidente vascular cerebral, que ocorre predominantemente entre adultos de meia-idade e idosos, pode ser classificado em isquêmico, hemorrágico intracerebral e hemorragia subaracnóide. A forma isquêmica representa entre 75% e 85% dos casos, ocorrendo quando há obstrução em um vaso sanguíneo que leva sangue ao cérebro, muitas vezes causada por coágulos resultantes de aterosclerose ou fibrilação atrial.

Prevenção

Além do atendimento emergencial, o Ministério da Saúde promove a conscientização sobre os principais sinais do AVC. São eles a assimetria facial, fraqueza nos braços, fala anormal, vertigem e cefaléia intensa.

Medidas de prevenção primária como controle da hipertensão, diabetes e colesterol, são essenciais para evitar o primeiro episódio. Já a prevenção secundária inclui o uso de medicamentos específicos e acompanhamento regular para reduzir a chance de novos eventos em pacientes que já sofreram a enfermidade.

Fatores de risco para o surgimento do AVC

São eles:

  • hipertensão;
  • diabetes;
  • tabagismo;
  • consumo frequente de álcool e drogas;
  • estresse;
  • colesterol elevado;
  • doenças cardiovasculares, sobretudo as que produzem arritmias;
  • sedentarismo;
  • doenças do sangue.

A prevenção, portanto, está na adoção de medidas como controle da pressão, do diabetes, do colesterol, suspensão do hábito de fumar, além da prática de exercícios físicos aliada a uma alimentação balanceada e saudável.

Fonte: Ministério da Saúde