A audiência pública realizada nesta terça-feira, 13 de dezembro, no Tribunal Regional do Trabalho – 9ª Região, em Curitiba (PR), promoveu o debate acerca da situação de crise enfrentada pelo Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e acendeu um sinal de alerta quanto à realidade da Saúde na capital. Para o presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), Flaviano Feu Ventorim, enquanto não houver uma discussão sobre o financiamento, mais hospitais filantrópicos irão enfrentar dificuldades para manter as atividades. “A Saúde não é uma prioridade no país e isso precisa mudar”, afirmou o presidente, lamentando a ausência de representante da esfera municipal na audiência.
A dívida do Hospital Evangélico de Curitiba já chega a 350 milhões de reais, enquanto o déficit mensal é de 5 milhões, segundo informações da atual intervenção. “Apesar do excelente trabalho que vem sendo feito com mudanças na gestão e resultados positivos alcançados até o momento, sem o aporte de recursos o problema não será resolvido”, avalia Ventorim.
Na sua intervenção, o presidente reafirmou que o momento do país – de crise econômica, política e de confiança – afetam ainda mais a Saúde. Ventorim lembrou que o desemprego levou muitos usuários dos planos de saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS). “O financiamento para o próximo ano já está prejudicado pela paralisia da economia”, disse. Além disso, o representante dos filantrópicos afirmou que muitos hospitais filantrópicos não são atrativos para os convênios. “Isso precisa ser revisto, já que o SUS não é fonte de sustentabilidade financeira”, declarou.
Após a fala de Ventorim, a desembargadora e vice-presidente do TRT-PR, Marlene Teresinha Fuverki Suguimatsu, fez uma intervenção afirmando que o gestor municipal havia sido convidado para a audiência e concluiu: “As dificuldades começam pelo interesse na questão”.
Confira algumas fotos abaixo:
(Fotos: Tribunal Regional do Trabalho do Paraná)
Fonte: Assessoria de imprensa Femipa