Um dos grandes desafios enfrentados pelos assessores de comunicação é a melhor forma de orientar os gestores para atender à imprensa. Como os veículos de comunicação precisam da informação em tempo real, todo cuidado é pouco na hora da entrevista, para que nenhum dado errado seja divulgado. Pensando nisso, a Assessoria de Comunicação da Femipa convidou Adriana Milczevsky, jornalista da RPC e apresentadora do programa Painel RPC, para passar algumas orientações práticas sobre como treinar o porta-voz dos hospitais.
Segundo Adriana, a principal ferramenta que temos é a comunicação e todos devem estar sempre ligados em tudo, já que não é preciso apenas falar para se comunicar. “A comunicação é muito mais perfeita do que imaginamos. Nosso corpo também fala. Por isso, todo cuidado é pouco quando se trata no preparo daquele profissional que vamos atender e levá-lo até a imprensa”, disse.
Para a jornalista da RPC, a comunicação mudou e não está mais “dentro da caixinha” e as pessoas devem estar preparadas para olhar muito além do que os olhos mostram. Tudo isso justifica a importância do trabalho do assessor, “porque a partir do momento que todo mundo diz o que quer, as crises são maiores”, afirmou.
Durante a apresentação, Adriana mostrou dados de uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard que apontou que mais de 70% dos problemas das empresas estão diretamente ligados a problemas de comunicação, e a linguagem representa apenas 7%. O resultado vem de como tudo é falado e também a linguagem não verbal. Conflito vem da discordância e da má comunicação.
“A pessoa que vai responder pela instituição tem que estar totalmente comprometida e compartilhar o mesmo nível de informações. Comunicação transforma vidas, enquanto que a comunicação mal feita destrói”, garantiu.
Para que uma entrevista saia conforme o esperado, a jornalista citou que é fundamental que o entrevistado tenha total domínio do conteúdo, indique dados e fontes e combine previamente as perguntas. Em seguida, para finalizar a palestra, Adriana Milczevsky fez uma dinâmica, chamada de media training, e convidou o ex-presidente da Femipa, dr. Luiz Soares Koury, para participar.
Case de sucesso
Como na edição passada do Encontro de Assessores de Comunicação, a Femipa trouxe um case de sucesso para os participantes. A convidada foi Lenir Camimura, assessora de Comunicação da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB). Para contextualizar, Lenir comentou que o público-alvo da CMB são os associados, os hospitais filantrópicos e santas casas, além das federações estaduais. “Temos trabalhado para mostrar a esses grupos o que a CMB tem feito para melhorar o setor filantrópico de modo geral”, disse.
Ela citou que, hoje, a Confederação conta com dois canais para divulgar suas informações: Expressinho, que traz matérias referentes às ações da CMB; e a newsletter da Rede Saúde Filantrópica, que divulga informações sobre Saúde Suplementar. Além disso, também foi criado o Expressinho Destaca, um informativo semanal que reúne todas as noticias de destaque publicadas no site. A terceira ferramenta é o clipping, que é enviado às presidências das Federações e compila as principais matérias sobre Saúde publicadas nos jornais de grande circulação.
Ainda na palestra, Lenir falou sobre as campanhas realizadas pela CMB, e lembrou que um dos principais movimentos foi o “Acesso à Saúde”, que teve etapas municipal, estadual e nacional. “A repercussão foi tão grande que chamou a atenção dos deputados. Logo após o movimento, os parlamentares resolveram criar um grupo de apoio às santas casas”, contou.
Em 2016, a Confederação adotou a estratégia de não realizar movimentos. A decisão foi criar parcerias estratégicas, e esse, inclusive, foi o tema do Congresso da CMB, que é realizado anualmente. Dentro dessa estratégia a CMB fechou parcerias com a OAB, Fonif, Fiesp e Coalizão Saúde.
“Esse tipo de estratégia de aproximação tem ajudado muito. Além disso, conseguimos um espaço importante com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que tem ajudado muito os filantrópicos. Graças a essa abertura, chegamos até o ministro da Fazenda, ao ministro-chefe da Casa Civil e, inclusive, ao presidente Michel Temer”, destacou.
Para fechar a apresentação, Lenir reforçou a importância da divulgação das informações por parte das instituições de Saúde para embasar o trabalho da CMB. “Precisamos da ajuda dos hospitais. Precisamos de informações. Essas informações serão utilizadas apenas em favor dos filantrópicos. Mas hoje falta informação. Esse é o trabalho que os assessores devem fazer para que consigamos alcançar um nível de informação que embase os trabalhos”, concluiu.
Veja as fotos do primeiro dia de evento no Facebook da Femipa, neste link.
Fonte: Assessoria de imprensa Femipa