Para marcar os seus 70 anos de fundação, a Liga Paranaense de Combate ao Câncer realizou, em parceria com a Ópera Orchestra Curytiba, um grande concerto que reuniu colaboradores da instituição, médicos, parceiros, conselheiros e sócios no Teatro Positivo, no dia 26 de março.

Sob a regência do maestro italiano Alessandro Sangiorgi, 40 músicos proporcionaram um espetáculo marcado pela alegria. A apresentação contou com trechos das óperas cômicas de Gioachino Rossini, “O Barbeiro de Sevilha” e “A Italiana em Argel” e  “As Bodas de Fígaro”, de Wolfgang Amadeus Mozart.

O evento contou também com a presença da vice-governadora do Estado do Paraná, Cida Borghetti, da deputada estadual Maria Victória e da assessora parlamentar Ledi Danieli, representando a deputada Leandre Dal Ponte.

A Liga Paranaense de Combate ao Câncer ao longo da história

Casarões improvisados, médicos apaixonados pela profissão e a missão de atender pacientes pobres que sequer sabiam o significado da doença que tinham e eram marginalizados pela sociedade. Assim surgiram os primeiros trabalhos da Liga Paranaense de Combate ao Câncer (LPCC), em 8 de março de 1947. Uma entidade que se destacou pelo pioneirismo, pela inovação e pala dedicação profissional em prol de pacientes oncológicos do Paraná.

O aumento do número de pacientes com câncer e a necessidade de criar melhores condições para tratar a doença, fizeram com que um grupo de médicos, conhecidos como a “Turma dos Tigrões”, do Instituto de Medicina e Cirurgia do Paraná, criasse a LPCC. Há muito tempo o Instituto já mantinha uma clínica de tumores, mas a Liga surgia com o objetivo de ampliar o atendimento aos mais necessitados, angariando recursos para a manutenção, a hospitalização e o tratamento dos cancerosos pobres, além da aquisição de equipamentos cirúrgicos e da contratação de pessoal especializado para melhor atender. Nesta época, a LPCC tinha também a missão de iniciar campanhas de educação popular de combate ao câncer, por meio da imprensa.

Todo esse trabalho deu origem à realização de um sonho do médico Erasto Gaertner: construir um hospital especializado com caráter filantrópico. Hoje, 70 anos após a criação da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, o Hospital Erasto Gaertner chegou muito mais longe do que seu idealizador imaginava.

Com 62.500 m2, atualmente o HEG realiza 384.631 atendimentos anuais, recebe em média 8.200 casos novos ao ano e está entre os cinco maiores hospitais oncológicos do Brasil. Sua estrutura abriga o que há de mais moderno em equipamentos para diagnóstico e tratamento do câncer, com profissionais capacitados e especializados.

O  Hospital Erasto Gaertner é  uma das quatro unidades operacionais da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, responsável pelo diagnóstico e tratamento do câncer. Também fazem parte da LPCC, o Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner (IBEG), o Centro de Projetos de Ensino e Pesquisa (CEPEP) e a Rede Feminina de Combate ao Câncer, conhecida por suas ações de assistência ao paciente e prevenção do câncer.

Resultados

Em todos estes anos de trabalho, a entrega de todos os profissionais da saúde e o apoio da sociedade organizada foram primordiais para alavancar projetos e arrecadar recursos para investimentos em estrutura e tecnologia. Envolvimento que, ao longo do tempo, transformou-se em resultado, colocando o Hospital Erasto Gaertner em destaque no cenário mundial. O HEG tem hoje um índice de sobrevida em cinco anos, de 65% a 68%. Números que se enquadram aos mais respeitados hospitais de câncer no mundo.

Em 70 anos de atuação, crescimento e pioneirismo, a Liga Paranaense de Combate ao Câncer continua com sua visão inovadora, investindo em novos projetos e expansão, como a construção do primeiro hospital oncopediátrico do Paraná, o Erastinho, que já é uma realidade próxima, o novo Centro de Diagnóstico por Imagem, o  Espaço da Família, a expansão do serviço de Radioterapia, entre tantos outros avanços.

A cada dia surgem novos desafios: buscar novas parcerias, fechar o balanço financeiro sem dívidas, ampliar a estrutura, buscar novas tecnologias e serviços. Mas a missão do hospital, combater o câncer com humanismo, ciência e afeto, permanece. Hoje, sem o estigma de dor e morte, mas sim de esperança e cura.