A enfermagem pediátrica traz muitos desafios no Hospital Pequeno Príncipe e para que todos os profissionais estejam sempre bem preparados foi desenvolvido o método da Simulação Realística, assunto abordado pela primeira palestrante da manhã desta quinta-feira no 8o Seminário Femipa.

A enfermeira Mari Angela Berté, do Hospital Pequeno Príncipe, explica que o treinamento foi pensado após a constatação de que os profissionais saem das escolas de enfermagem com pouca preparação no atendimento pediátrico. “Isso foi comprovado através de reclamações feitas ao SAC e a partir de retornos dados pelas famílias dos pacientes”, disse a enfermeira durante a palestra.

A Simulação Realística ocorre em cinco etapas e é pensada para que os enfermeiros tenham a chance de praticar os conhecimentos com a pressão que irão encontrar na rotina do hospital sem que submetam os pacientes à experimentação. “Temos pessoas que simulam os papéis de mãe, pai e médico, para que o enfermeiro aprenda a lidar com o estresse”.

Uma das principais dificuldades encontradas pelos enfermeiros no hospital é o atendimento ao acompanhante do paciente. Pais, mães e familiares estão sempre muito preocupados com os filhos e fazem muitos questionamentos. “O atendimento ao cliente é um dos itens que, se o profissional não atinge o desenvolvimento esperado, pode ocasionar o desligamento dele da instituição”, explica Mari Angela.

Além dessa, o tratamento com os próprios pacientes, que têm tamanhos e formas diferentes, é apontado como dificuldade pela palestrante. A punção aparece com o maior índice de dificuldade por parte dos enfermeiros: 57% estão abaixo do esperado. “O profissional só ganha habilidade quando ele tem confiança para iniciar esse procedimento e dificilmente as escolas conseguem treinar a punção venosa para a pediatria”, explica a palestrante.

Por ser um hospital pediátrico, a Simulação Realística no Pequeno Príncipe é de grande importância para a enfermagem, tanto que até mesmo os colaboradores que já fazem parte do quadro do hospital há mais tempo podem participar das simulações como forma de aprimorar os conhecimentos.

Fonte: Assessoria de Imprensa Femipa