A Secretaria de Estado da Saúde realizou, no dia 11 de outubro, a primeira capacitação para serviços de alta complexidade do SUS que encaminham pacientes aos atendimentos em cuidados continuados do Estado. Participaram profissionais da área e técnicos de regionais de saúde envolvidos com o serviço. O objetivo é qualificar o encaminhamento de uma instituição para a outra, observando principalmente os critérios de cada unidade. A superintendente da Femipa, Rosita Marcia Wilner, esteve presente no encontro e participou da mesa de abertura.
“O Paraná trouxe de maneira inovadora um novo tipo de atendimento para a rede pública de saúde, que cria uma modalidade de atendimento para pessoas que necessitam de reabilitação intensiva em nível hospitalar para o retorno do usuário ao seu domicílio em condições seguras”, explica o diretor-geral da Secretaria estadual da Saúde, Sezifredo Paz.
Atualmente, o Estado conta com duas unidades especializadas no cuidado continuado integrado, uma no município de Rebouças (Hospital da Caridade Dona Darcy Vargas), na região sudeste, e outro em Cornélio Procópio (Centro de Excelência à Atenção Geriátrica e Gerontológica/Casa de Saúde Doutor João Lima), no norte pioneiro. A principal função dos serviços é dar suporte à reabilitação e recuperação da autonomia daquele paciente que sofreu um trauma ou um AVC, por exemplo.
“Em nosso dia a dia, vemos muita dificuldade no entendimento dos hospitais sobre o paciente que deve ser encaminhado. Surge, então, a necessidade desta capacitação. Acreditamos que essa comunicação entre as instituições vai trazer benefícios para o usuário que precisa receber esse tipo de tratamento”, conta o diretor executivo da Casa de Saúde Doutor João Lima, Rangel da Silva.
A coordenadora de Cuidados Continuados, Schirley Follador, explica que os critérios variam de acordo com o local de atendimento, mas, normalmente, o paciente ideal para receber o cuidado continuado é aquele que enfrenta algum problema neurológico, sofreu uma lesão medular, alguma fratura, entre outros, mas que tenha um potencial efetivo de recuperação.
O atendimento é realizado de forma integrada por uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais que atuam em busca da recuperação do paciente em um prazo de até 90 dias. “Queremos que esses pacientes recuperem a independência e a autonomia para uma melhor qualidade de vida”, fala Schirley.
FUTURO – A capacitação realizada no prédio central da Secretaria da Saúde, em Curitiba, reúne cerca de 90 profissionais das macrorregiões leste e norte devido à proximidade com os serviços já existentes. “Embora a capacitação tenha priorizado as instituições que mais fazem encaminhamentos, todo o Estado tem o direito de acesso aos serviços oferecidos nos centros de Rebouças e Cornélio”, orienta Schirley.
De acordo com o diretor-geral, mais dois novos locais estão sendo estudados para se tornarem centros de cuidados continuados no Paraná. “Nossa intenção é expandir para todo o Estado, implantando unidades de cuidados continuados nas quatro macrorregiões de saúde”, diz.
Fonte: Sesa