Os atuais desafios da saúde pautaram as discussões do “FT Latin America Healthcare & Life Sciences Summit”, evento realizado hoje, dia 29, em São Paulo, pelo jornal Financial Times com apoio da INTERFARMA. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, ministrou destacou, em sua participação no evento, as medidas de gestão do Ministério focadas no melhor aproveitamento dos recursos federais.

Ele destacou que R$ 4,5 bilhões foram economizados desde que assumiu o cargo, em maio de 2017. “Revisamos contratos e processos em busca de mais eficiência”, disse ele, a uma plateia formada principalmente por profissionais do setor.

O ministro lembrou de iniciativas contra a judicialização da saúde, já comentadas por ele anteriormente,  como a aproximação com o Judiciário para disponibilizar subsídio técnico às decisões. “Colocamos a Polícia Federal para investigar escritórios de direito e associações de pacientes, e descobrimos que muitas das decisões favoráveis à entrega do medicamento, na verdade, estavam equivocadas”, afirmou.

Questionado pela plateia, Barros confirmou que muitos leitos estão sendo fechados em sua gestão e que isso deve ser mantido porque outras iniciativas estão em andamento, como investimentos em hospitais-dia.

Sobre doenças raras, ele afirmou que está em fase final de um projeto focado em prevenção, no qual seriam feitos exames em casais para detectar o risco de filhos com problemas genéticos. O ministro falou também sobre a possibilidade de implantar novos modelos de remuneração. “Hoje remuneramos a doença, mas buscamos formas de remunerar o resultado, a saúde”, disse.

Em seguida, aconteceu um painel com Rifat Atun, professor de sistemas globais de saúde pela Universidade de Harvard; Thomaz Srougi, CEO do Dr. Consulta; e Luiz Villalba, diretor geral da Fifarma (Federação Latinoamericana da Indústria Farmacêutica).

Villalba destacou a importância das ações em favor da harmonização entre as agências reguladoras do mundo, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). “Isso é fundamental para que se ganhe tempo nos processos e evite desperdícios de recursos, aumentando o acesso das populações a novas tecnologias”, resumiu ele.

Fonte: INTERFARMA