O seminário “Sistemas Universais de Saúde”, organizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/ OMS), com apoio técnico do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), reuniu em Fortaleza (CE), nos dias 2 e 3 de novembro, especialistas e autoridades para discutir os desafios e soluções para garantir a sustentabilidade dos sistemas universais de saúde. O evento foi parte do 5º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde (5º PPGS).

Durante a abertura do seminário, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa, conhecido como Berger, compartilhou os principais tópicos debatidos na recente reunião de ministros da saúde G20, ressaltando a importância da Coalizão para Produção Local e Regional de vacinas, terapias e novas tecnologias de saúde.

Na ocasião, o secretário executivo ainda destacou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) como modelo de referência internacional, mas afirmou que o Brasil não busca impor seu sistema.

“Não estamos querendo impor o modelo brasileiro do SUS para o mundo, mas não decepcionamos com o que construímos e conquistamos até agora. Temos sim contribuições importantes a oferecer e o Brasil volta a ser uma referência importante no cenário mundial a partir da retomada do governo do presidente Lula”, destacou.

“Sistemas universais de saúde como o SUS são a opção capaz de responder às necessidades de direito à saúde como cidadania, com acesso universal. Os princípios inclusivos do SUS, como a universalidade, a integralidade e a equidade, e a participação popular sustentam esses sistemas”, acrescentou o secretário executivo.

Investimento em saúde

As apresentações, durante o encontro, foram baseadas em temas para efetivação de políticas que garantam o direito universal à saúde, a partir de experiências brasileiras e internacionais, sob as perspectivas governamentais, acadêmicas, de gestão e de cooperação da Opas.

O coordenador de Sistemas e Serviços de Saúde e Capacidades Humanas para Saúde Opas/OMS, Julio Pedroza, destacou que na maioria dos países o crescimento dos gastos com saúde ultrapassa o crescimento do PIB e que apesar da despesa total com saúde ser alta, o gasto público é baixo.

Já o presidente da Abrasco, Rômulo Paes, chamou atenção para a África subsaariana que enfrenta historicamente problemas econômicos, de instabilidade política e de segurança, refletindo na dificuldade de implementação de sistemas de saúde eficazes e sustentáveis.

Fonte: Ministério da Saúde